quarta-feira, 22 de setembro de 2010


 Como Contar Histórias a Crianças Pequenas



“…vocês devem brilhar como as estrelas no céu,
 entregando a eles a mensagem da vida”
 (Filipenses 2:15, 26, BLH).


“Gostaria que todos vocês sentassem com as
 pernas cruzadas e se assentassem sobre elas, a fim de
 que seus pés não sejam vistos. Assim como eu estou
 fazendo. Veja se você consegue esconder seus 
pés, João. Muito bem. Agora irei contar-lhes uma
 história maravilhosa a respeito de um menino cujos
 pés estavam há tantos anos quebrados que ele 
não conseguia correr ou saltar ou brincar. Ele tinha
 de sentar-se assim como estamos agora – porém,
 não por alguns instantes, mas o tempo todo. Seu
 nome era Mefibosete”.


Fazer com que as crianças vivenciem a história exige
 participação ativa de todos os sentidos: tato, 
olfato, visão, audição, paladar e emoções. Requer
 toda a energia e concentração que você pode
 reunir a fim de que o sucesso venha na proporção
 direta do quanto você investiu na história. Quando
 a história se torna viva, você verá fascínio em 
dezenas de olhos atentos, irá se alegrar ao ver 
que a atenção está na história e que as conversas 
paralelas cessam. Seus ouvintes devem 
distanciar-se da sala da Escola Sabatina enquanto
 caminham lado a lado pelas ruas poeirentas com 
Jesus, com Rute, Paulo, Eva, Davi.


Para ser bem-sucedido ao contar a história, damos
 algumas sugestões:


1. Busque a mensagem central da história e escreva-a
 em uma única sentença. Repita essa sentença várias 
vezes durante a história a fim de que as crianças a
 memorizem. Na história de Mefibosete, a mensagem 
central é: “Embora você possa se sentir como um cão
 morto, vindo de “lugar nenhum”, Deus o vê como um 
de Seus filhos favoritos”.


2.   Leia a história e atente para os momentos sensoriais.
 Como Mefibosete sentiu a diferença ao trocar suas roupas
 ásperas pelas roupas de seda de um príncipe? Qual era 
o aroma do palácio? Como o cheiro era diferente de sua 
casa em Lo-Debar? De que cores eram as cortinas nos 
aposentos do palácio? Descreva o som da voz do rei Davi. 
Como sua voz soava a Mefibosete?


3.   Busque os detalhes da história. Onde ficava Lo-Debar? 
Por que Mefibosete estava escondido lá? Qual é o significado
 do nome da cidade? Quem o escondeu lá? Por que ele se 
sentia como um “cão morto”? Como ele imaginava que Davi
 iria tratá-lo? As respostas a perguntas como essas irá encher
 sua história com detalhes fascinantes que a tornam mais 
verossímil, pessoal e real. Sua melhor fonte de pesquisa inclui
 livros sobre a vida e tempos bíblicos, comentários bíblicos,
 dicionários bíblicos e notas marginais de seu estudo da Bíblia.
 Mantenha seus olhos abertos aos detalhes que poderiam chamar
 a atenção das crianças e levá-las a se maravilharem.


4.   Escolha palavras sensoriais e use-as de forma descritiva.
 Enquanto seca a testa e sorve longamente a água do copo, dê
 um suspiro profundo e diga: “Mefibosete vivia em uma cidade
 quente e poeirenta”, as crianças deveriam sentir-se suadas e
 com sede. Algumas delas de fato irão imitar seus gestos e suspirar
 junto com você. Quando o rei Davi coloca Mefibosete
 para sentar-se à sua mesa, descreva como as almofadas 
eram macias, o cheiro delicioso da comida e o sabor gostoso 
do suco fresco de maçã.


5.   Envolva os sentidos das crianças. Faça-as sentarem-se como
 Mefibosete se assentava, com os pés que não podiam caminhar, 
escondidos sob o corpo. Faça com que encenem como se 
estivessem com medo do rei, assombrados com a vista a Jerusalém, 
repelido por cheirar como um cão morto, e admirados com o 
alimento delicioso na mesa de Davi.


6.   Esteja preparado para as respostas das crianças. As crianças
 gostam tanto de participar quanto de ouvir. Se a sua história for
 bem-sucedida, as crianças terão se envolvido e estarão buscando
 retratos de sua própria vida ao sua história repassar o vídeo da vida
 de Mefibosete. Quando você descreve os sentimentos de tristeza 
dele, “como um cão morto”, esteja preparado pois a criança irá desejar
 falar a respeito de seu bichinho de estimação que morreu. Outra
 poderá lembrar-se de haver caminhado por um lugar poeirento e 
quente e outras ainda desejarão falar a respeito de seus alimentos 
prediletos – “assim como Mefibosete à mesa do rei”. Quando a criança
 o interrompe para descrever algo de sua própria vida, ouça, reafirme
 e então ligue o comentário à sua história. “Lucas, estou triste de que você
 já tenha caminhado por um lugar poeirento e quente. Foi assim que 
Mefibosete se sentiu quando teve de deixar o palácio onde vivia com 
seu pai. Mas, quando Mefibosete chegou em Lo-Debar …”


7.   Ore para que Deus capacite sua imaginação a fim de que seja
 capaz de contar a história de forma honesta, clara e interessante. 


Quando findá-la, peça às crianças para resumi-la. Portanto, quando
 vocês estão realmente tristes e sentem como se ninguém se importasse, 
que sentimentos Deus tem por vocês? Ouça-lhes a resposta e então
 use sua mensagem central para consolidar o significado da história na
 mente das crianças.


Acima de tudo, lembre-se de que ao contar a história você está sendo 
a voz de Deus, descrevendo-Lhe o caráter às crianças.

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